Friday, September 29, 2006

Rio querido

Quisera saber tocar violão,
Dedilhar da prima ao bordão
Pra cantar em alto e bom tom,
O amor que trago no peito.
Construir com melodia
Cantos de louvor
Ao meu Rio querido
Que de janeiro a janeiro
Tem bela mulata,
Dourada morena
Do sol de Ipanema
Que desliza com graça
Na praia e na praça.
Rio malandro, maneiro.
Carnaval, fevereiro.
Pão de Açúcar, Corcovado.
Por do sol, vestido dourado.
Braços abertos, Redentor
Cobre a cidade com amor

Thursday, September 07, 2006

Até quando?

Até quando continuarão a fazer parte do cotidiano as perdas dos nossos jovens por acidentes automobilísticos provocados pelo abuso de velocidade emdecorrência do consumo excessivo de bebidas alcoólicas?
Quando será proibida a veiculação da propaganda de bebidas alcoólicas em toda a mídia, para, de alguma forma, desestimular o seu uso e abuso?
Até quando veremos filmes muito bem produzidos tendo belas praias como cenário, estrelados por jovens bonitos e bem sucedidos e por figuras públicas do esporte ou do meio artístico incentivando o alegre uso desta ou daquela cerveja?
Quando será obrigatória a exibição de alerta para os malefícios causados à saúde nos rótulos e embalagens de bebidas à base de álcool?
Até quando as casas noturnas terão sua fiscalização frouxa para permitir o ingresso de menores e até quando a consumação mínima ou qualquer outro artifício, como o de cobrar uma quantia para entrar, revertendo-a na aquisição de bebidas será permitido para induzir ao consumo do correspondente valor, na maioria das vezes alto, da bebida?
São perguntas que me faço e agora as repasso para que a sociedade se una e cobre do poder público medidas como aquelas que foram tomadas no combate ao tabagismo. Vale lembrar que, ao contrário do tabagismo, os efeitos do álccol ocorrem, na maioria das vezes, muito rapidamente e não raro irremediavelmente. Pensemos como proteger nossos jovens dos males e conseqüências do álcool.
Após um desastre é muito fácil questionar a autoridade dos pais como única responsável pela conduta dos jovens. Vivemos em uma sociedade onde o consumo de hábitos e usos é ditado pela mídia e pelo grupo onde os jovens estão inseridos. Eles seguem a tendência do grupo ou estão fora dele.
O correto seria adotar medidas eficazes para ao menos minimizar tão graves prejuízos de tão jovens vidas. Segundo estatísticas a faixa etária é de 18 a 26 anos. É lamentável e muito triste assistirmos a isto de braços cruzados.
Aproveitando a época das eleições seria muito bom formular as mesmas perguntas aos nossos futuros dirigentes e aos atuais para saber o que pensam e quais medidas adotarão para efetivamente respondê-las.
Sabemos que um país é construído por seus jovens e os nossos estão morrendo vítimas da violência do trânsito, em conseqüência do álcool, ou estão presos em casas de custódia. O que será deste país daqui a dez ou vinte anos? Certamente seremos alvo deste total descaso e da irresponsabilidade para com a juventude. Onde está a responsabilidade social tão propalada em encontros e palestras empresariais com relação à sociedade e, no caso, aos jovens em especial? A maior responsabilidade social deve ser com a vida e sua saudável manutenção. Parabéns à Schincariol, única empresa que, embora timidamente, mostrou em seu comercial, os efeitos da bebida. Ainda é pouco, precisamos urgentemente de um mutirão para reverter este quadro de extermínio de nossos jovens.
Urge que sejam criados eventos sócio-culturais que congreguem a juventude a praticar o voluntariado em prol dos próprios jovens ao invés de reuni-los em eventos longos e caríssimos como nas maratonas musicais e micaréticas. O jovem tem muito a receber e um potencial muito grande em capacidade de doação a ser explorado.